Estados-membros da UE adiam votação final do AI Act e aprofundam impasse sobre modelos de base

A votação final do AI Act foi adiada na União Europeia, prolongando o impasse sobre regras para modelos de inteligência artificial de uso geral e ampliando a incerteza para empresas de tecnologia e usuários em todo o bloco.

O adiamento ocorreu em Bruxelas nesta semana, quando representantes dos Estados-membros decidiram postergar a decisão para tentar alinhar posições sobre pontos sensíveis, como obrigações de transparência, testes de segurança e responsabilidades para desenvolvedores de modelos de base.

Entre os nós do texto estão a abrangência das exigências para sistemas de uso geral (como modelos que podem ser adaptados a múltiplas tarefas), os limites a aplicações de alto risco e os mecanismos de auditoria independente. Negociadores indicaram que novas propostas de compromisso serão circuladas antes de uma nova tentativa de aprovação.

Para empresas que operam ou pretendem lançar produtos de IA na Europa, o atraso prolonga a fase de planejamento regulatório e pode mover investimentos para ambientes com regras já estabelecidas. Setores como saúde, finanças e administração pública acompanham com atenção, já que o AI Act deve definir requisitos de conformidade, relatórios e penalidades.

A expectativa é que os Estados-membros retomem a votação nas próximas semanas, após ajustes técnicos. Se aprovado, o AI Act passará por etapas finais de formalização e terá períodos de transição antes de entrar plenamente em vigor.